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Gestão Estratégica da Mudança: A Adaptabilidade

A gestão estratégica da mudança é essencial para o sucesso organizacional num mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo). A adaptabilidade e o encarar a mudança como um processo contínuo e integrado em articulação com a estratégia empresarial, e não como um evento isolado, tornaram-se essenciais para manter a competitividade.

 

Assim, a Gestão de Recursos Humanos desempenha um papel central no processo de mudança, atuando como facilitadora para transformar a cultura organizacional e para promover comportamentos alinhados com as orientações estratégicas.

 

O apoio às lideranças, para que estejam preparadas para gerir a mudança e a promoção de uma mentalidade de aprendizagem contínua e de resiliência entre os colaboradores, devem ser encarados como prioridades.

 

A adaptabilidade potencia-se através do desenvolvimento de competências, de uma gestão eficaz da comunicação e da criação de um ambiente de estímulo e de valorização da inovação. Empresas que investem em programas de desenvolvimento de liderança, promovem a inteligência emocional e oferecem suporte psicológico tendem a ser mais bem-sucedidas na adaptação a cenários disruptivos. Ao mesmo tempo, estão a contribuir para o cumprimento de obrigações legais, enquanto empregadores, ao garantir a formação contínua dos seus trabalhadores – inclusive de posições de liderança – e a adotar medidas de prevenção em matéria de saúde no trabalho. Para este efeito, é importante ter em consideração que a lei prevê que, no âmbito da formação contínua, o empregador deve promover o desenvolvimento e a adequação da qualificação do trabalhador, tendo em vista melhorar a sua empregabilidade e aumentar a produtividade e a competitividade da empresa.

 

Neste contexto, a lei estabelece igualmente que cada trabalhador tem direito, em regra, a um número mínimo de quarenta horas de formação profissional por ano, sendo da responsabilidade da empresa garantir esse acesso à formação profissional, seja através de ações desenvolvidas na empresa como através da concessão de tempo para frequência de formação por iniciativa do trabalhador – aspeto este que, muitas vezes, é valorizado pelo trabalhador.

 

Além disso, a flexibilidade organizacional, com políticas de trabalho remoto – desde esquemas fixos a esquemas híbridos que podem atualmente ser configurados legalmente como modalidades de teletrabalho, com todas as consequências daí decorrentes – e a reconfiguração de estruturas hierárquicas mais ágeis, tem-se mostrado uma ferramenta poderosa para responder rapidamente às mudanças. Por fim, a participação ativa, a transparência no processo de mudança e o compliance com todas as obrigações legais nesta matéria são essenciais para garantir o envolvimento e reduzir resistências.

 

A adaptabilidade, hoje, não é apenas uma competência desejável, mas uma exigência para o sucesso sustentável num ambiente dinâmico e competitivo.

 

Raquel Andrade, Managing Consultant, SHL Portugal 
José Fernando Barata, Managing Associate, VdA

 

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